O Dia Mundial da Pastelaria, conhecido internacionalmente por “World Baking Day”, comemora-se a 17 de maio. Criado por um grupo de pessoas apaixonadas por bolos, rapidamente ganhou adeptos um pouco por todo o mundo, tornando-se uma celebração internacional.
O objetivo do dia é celebrar a alegria de juntar família e amigos para degustar deliciosos bolos e pastéis.
Quem não gosta de apreciar um delicioso pastel a acompanhar um café ou um chá? No entanto, poucas vezes nos perguntamos qual a origem de determinado doce.
Como forma de comemorar este Dia Mundial da Pastelaria, recolhemos a história da origem de alguns doces de pastelaria bem nossos conhecidos.
Bola de Berlim
Em Portugal, a Bola de Berlim está associada à praia e ao Verão. Mas já pensou que este doce pode ter surgido num ambiente bem mais frio?
A receita da Bola de Berlim nasceu na Alemanha, com o nome de “Berliner”. Durante a Segunda Guerra Mundial as famílias judaicas que fugiam da Alemanha Nazi para Portugal trouxeram consigo esta receita, que foi adaptada ao gosto português: o original recheio de frutos vermelhos foi trocado pelo creme pasteleiro (uma mistura de água, leite, limão, baunilha, farinha, açúcar, ovos e manteiga), uma vez que em Portugal é muito característica a doçaria à base de ovos.
A Bola de Berlim é o terceiro doce de pastelaria mais consumido em Portugal, a seguir ao Pastel de Nata e ao Croissant.
Pastel de Nata
“Era um café e uma nata.” Qual o português que nunca disse esta frase? O Pastel de Nata pode ser encontrado em qualquer pastelaria do país, mas a sua história começa num mosteiro.
Os monges do Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, como forma de angariarem dinheiro e conseguirem subsistir enquanto ordem, começaram a vender Pastéis de Nata, numa pastelaria contígua ao mosteiro.
De Belém, este pastel estendeu-se a todo o país e conquistou o paladar, não só dos portugueses como daqueles que visitam o nosso país. Não é de estranhar, por isso, que este seja o doce mais consumido em Portugal.
É, ainda, exportado e mesmo produzido, um pouco por todo o mundo. Tornou-se, desta forma, um símbolo de Portugal.
Jesuíta
Não existem certezas quanto à verdadeira origem da receita do jesuíta. Uns afirmam que a ligação deste doce aos monges jesuítas prende-se apenas com as parecenças entre a cor da cobertura do bolo e dos trajes que eram utilizados pelos jesuítas. Outros defendem que a origem desta receita é conventual. Há ainda quem defenda que quem introduziu esta receita em Portugal foi um pasteleiro espanhol, que anteriormente teria trabalhado num mosteiro de padres jesuítas em Bilbao.
Éclair
O Éclair surge em França, no século XIX mas até 1850 era designado por “Pain à la Duchesse” ou “Petite Duchesse”.
A história deste bolo liga-se a Catarina de Médici, rainha consorte de França durante o reinado de Henrique II, que levou a massa pâte à choux (com a qual os éclairs são feitos) de Itália para França.
O Éclair é por muitos considerado um símbolo do Porto.
Croissant
A origem do croissant remonta à Áustria. Durante o século XVII, o império Otomano pretendia conquistar a cidade de Viena e, assim, expandir o seu território.
O plano traçado foi o de cavar túneis até ao centro da cidade. Este trabalho começou a ser realizado durante a noite, no entanto, os padeiros da cidade, que trabalhavam durante a noite deram o alarme, fazendo com que o plano otomano falhasse. Para comemorar esta vitória cozinharam-se pequenos pães folhados em forma de meia-lua (o símbolo do inimigo). Surgiram assim os croissants.
Agora que já conhece a história por detrás da origem de diferentes pastéis tradicionais portugueses, visite-nos neste Dia Mundial da Pastelaria e venha comprovar a nossa dedicação e mestria na confeção destes doces.